segunda-feira, 9 de julho de 2007

Avaliação Sintunesp


O que conquistamos,
o que ainda temos a conquistar

Muitos companheiros que se distanciaram da luta talvez não concordem e outros talvez não saibam, ou não tenham entendido ainda, sobre as conquistas que obtivemos nesta campanha salarial. Este ano, graças à combatividade dos servidores, nossa greve pelo reajuste salarial e em defesa da autonomia universitária, contra os decretos do governo José Serra, foi vitoriosa e já obtivemos conquistas importantes, embora a luta não tenha terminado.
Avaliamos que foi de extrema importância a participação do movimento estudantil, junto aos funcionários e docentes, na luta que forçou o recuo do governo do Estado. Diante da pressão dos três segmentos – professores, alunos e funcionários –, o governador José Serra (PSDB) viu-se obrigado a retroceder em seus decretos e a publicar um Decreto Declaratório, voltando atrás em vários pontos que feriam a autonomia universitária. O governo recuou, por exemplo, quanto ao decreto 51.471, que impedia as contratações, e em relação ao decreto 51.660, que instituiu a Comissão de Política Salarial para fixar diretrizes e aprovar os termos finais das negociações salariais. Assim, como resultado do nosso movimento, as universidades obtiveram expressamente a garantia do direito de contratarem e de negociarem diretamente com os professores e funcionários o reajuste salarial na data-base.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), por sua vez, concedeu, já na segunda rodada de negociações com o Fórum das Seis, a recomposição salarial de 3,37%, a ser paga de uma única vez, pensando que assim desmobilizaria o movimento de greve. Lembrem-se de que o Cruesp havia adotado a política de iniciar as negociações salariais propondo reajuste menor que o índice da inflação e de conceder o reajuste parcelado. Além disso, no último ano, a Unesp quebrou a isonomia entre as três universidades ao pagar o índice de 1,79% de maio de 2006 somente em maio de 2007.
Embora o reajuste salarial conquistado neste ano (de 3,37% em maio) tenha sido bastante positivo, para nós, servidores, a maior conquista que tivemos foi conseguir defender, no âmbito do Fórum das Seis, o reajuste salarial fixo de R$ 200,00 para todos. A proposta de reajuste salarial fixo é uma reivindicação antiga do Sintunesp e sua defesa, neste ano, contou com a aprovação das demais entidades integrantes do Fórum das Seis. Esta proposta tem um significado muito importante para nós, servidores técnico-administrativos, pois objetiva a distribuição de renda dentro da universidade, visto que permite um reajuste melhor para quem tem um salário menor, diminuindo a distância salarial entre os servidores. A parcela fixa aprovada pelo Fórum das Seis foi negociada com o Cruesp que, diante do forte movimento de greve, propôs uma “fórmula” vinculada à arrecadação anual do ICMS para concessão da parte fixa de reajuste salarial. Assim, além dos 3,37% aplicados nos salários de maio, a proposta do Cruesp prevê um reajuste fixo, cujo valor será fechado posteriormente com as negociações que continuarão entre o Fórum das Seis e o Cruesp.
Outra conquista, anunciada em reunião do CADE de 20 de junho, é o pagamento do Vale Alimentação também aos trabalhadores em licença saúde decorrida de acidente de trabalho. Devemos avançar mais ainda acerca da concessão de benefícios aos servidores nas negociações de nossa Pauta Específica com a Reitoria da Unesp.
Entendemos que as conquistas deste ano poderiam ter sido maiores e as negociações salariais poderiam ter avançado ainda mais, alcançando já no mês de maio algum valor fixo de reajuste salarial. No entanto, isto somente não se concretizou porque uma parcela dos trabalhadores (tanto servidores, quanto professores) não entendeu ou não quis entender o significado da sua participação e decidiu não abraçar a luta que deveria ser de todos. Esta atitude, como todos sabem, não contribui para o fortalecimento das entidades sindicais na luta pelos direitos dos trabalhadores.
Entretanto, a nossa luta nunca termina, ao contrário, ela está sempre recomeçando. Suspendemos a nossa greve, mas continuamos mobilizados em defesa da nossa Pauta Específica e demais reivindicações. Por isso, solicitamos, mais uma vez, a participação de todos nas ações futuras que se fizerem necessárias. A força do nosso Sindicato em defesa da universidade pública e de melhores condições de vida e trabalho para seus servidores depende da união de todos nós.
Parabéns aos combativos companheiros que compõem a resistência dos funcionários da Unesp, que não se acovardaram e foram solidários lutando, juntamente com os servidores, docentes e alunos da USP, Unesp, Unicamp e Centro Paula Souza, pela valorização do servidor e da educação pública do Estado de São Paulo e por ideais democráticos de toda a comunidade acadêmica.
Servidores unidos: assim vamos construindo a nossa história de solidariedade, resistência e luta e de vitórias!


DIRETORIA COLEGIADA DO SINTUNESP

Um comentário:

Anônimo disse...

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